Lá para meados dos anos 80 até inicio dos anos 90, vários desenhos animados faziam a cabeça da molecada. Dentre esses, um que eu sempre gostei muito foi "He-Man e os Mestres do Universo". Quem nunca gritou a famosa frase: Pelos Poderes de Grayskull ? Tá certo que nem sempre acertávamos a pronúncia, mas isso era apenas um detalhe.
O tempo passou, mas o universo de Eternia continua no imaginário de toda uma geração. E foi para minha alegria(imediata) que recebi a notícia de que um encadernado da DC Comics resgataria os personagens. Porém, chegado recentemente às bancas do país, a HQ "He Man e os Mestre do Universo" me decepcionou muito. E são vários os motivos: enredo, arte e a falta de suspense.
Sendo Eternia um mundo bem equilibrado entre magia e tecnologia, me decepcionou a ausência dessa nesse primeiro arco. Somos apresentados a uma Eternia bem "medieval", onde a arma mais tecnológica da história, é um estilingue. Os diálogos entre o príncipe Adam e a Teela, são de chorar. Espia só:
Príncipe Adam: Sabe, quando você disse "remos", achei que só um seria para mim.
Teela: Remar te deixa com músculos de homem.
Princípe Adam: Você acabou de inventar isso.
Teela: É...
As artes das capas, não se comparam a arte interna. Não que seja assim tão ruim, mas devido a expectativa gerada nos fãs, e a própria história dos personagens, merecíamos algo mais caprichado. Capricho esse aliás, que faltou em diversos quadros durante a leitura. Por exemplo, há uma cena de batalha (bem sangrenta até), onde o He-Man aparece montado em seu Gato Guerreiro equipado de capacete, sela (bem presa a seu corpo) e uma boca cheia de dentes. Já a nossa amiga Teela, vem toda pomposa montada em um Unicórnio dourado, no "pêlo". Como assim? Sem uma misera sela? Sem um peitoral para proteger o pobre animal?
E a "trama" da bagaça gira em torno da incapacidade dos lacaios do Esqueleto em acabar com a raça do príncipe Adam, que está sob efeito de um feitiço, e não sabe ser o poderoso He-Man. Esse feitiço estende-se à seus aliados. O tom sério que a HQ pede, fica cômico com essa manjada ação de "caras maus" que tem a faca e o queijo na mão, mas na hora de executar o mocinho, dão com os burros nágua.
Mas há alguns pontos relevantes:
-Há uma traição por parte do mago Gorpo, que colocou a galera nessa sinuca de bico.
-Por falar em bico, o Mandíbula dá a entender que seu rosto meio mecânico é culpa do He-Man, e obviamente, está P da vida com isso.
-Da a entender também, que toda a Eternia sabe da identidade secreta do Príncipe Adam - que na serie dos anos 80, era restrita ao Mentor, Gorpo, Feiticeira, Pacato e...ah, mais alguém sabia.
Quem assina o roteiro são: James Robinson, Keith Giffen e Geoff Jhons. A arte fica por conta de Philip Tan, Pop Mhan e Howard Porter.
Enfim, eu esperava muito mais. E espero que as próximas edições compensem a primeira.
Abraço.
Hey Silva! Tudo bom? No original, o mago Gorpo se chama Orko, correto? Vc sabe porque teve essa mudança quando veio pro Brasil?
ResponderExcluirAbraços!
Exatamente! Tanto e, que em seu manto há a vogal O, e não a consoante G. O que rolou foi que a primeira versão do nome era mesmo Gorpo...mas para dar menos trabalho aos animadores (ao tentarem manter a simetria da letra G em cada cena que o mago aparecesse), substituiram por O. Mas pq no Brasil optaram por Gorpo, é uma boa questão, rsrs.
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