sábado, 17 de outubro de 2015

Minha história com Quadrinhos.

Salve!

Há um tempão não posto nada aqui no blog. Não é descaso meu, é priorização somada a falta de tempo. Mas, escrevo esse post para matar a vontade e compartilhar um pouco da minha história com os quadrinhos.



Sempre tento me lembrar qual foi a primeira HQ que eu li...não consigo de jeito nenhum. Vagamente, lembro de uma edição do Maurício de Souza, na casa em que minha mãe trabalhava. Eu devia ter uns 06 anos. Lembro que ainda não era alfabetizado e minha maior dúvida (sanada por minha queria mãe) era se na escola eu aprenderia também, a ler Gibis. E de fato aprendi. E como isso me ajudou nas aulas: Leituras "em voz alta", os famigerados "ditados", interpretações de textos, etc.


Criei um apreço muito grande por HQs, mesmo não tendo quase nenhuma na época. Em minha cidade natal, tínhamos apenas uma banca de jornal, e eu, não tinha mesada. Mas amigo é coisa pra se guardar, e também pedir gibis emprestados - desde que se tenha os devidos cuidados, claro! E vez ou outra, parava em minhas mãos alguma edição da Turma da Mônica e Almanaques Disney.

Tenho quase certeza que a primeira HQ de super-heróis que eu vi foi uma das edições de Guerras Secretas(enquanto minha mãe era atendida em um salão de cabeleireira). Poxa, como eu queria aquela HQ...Eu nem conseguia ler o nome de alguns personagens, pois não tinha ideia de como pronunciá-los. Fiquei vidrado mesmo assim.


Logo depois conheci Conan, Thor, Capitão América, Batman, Superman, Homem Aranha e já possuía algumas edições dos mesmos. Ganhei um baú de madeira (azul) de minha tia Jô, e ele virou meu baú do tesouro. Guardava todas as minhas hqs nele. Eram em sua maioria sem capas, surradas, lidas e relidas diversas vezes, mas todas em segurança. Além do vício...ops, hábito de leitura, eu desenhava sempre que podia e, além de super-herói  também queria ser desenhista. Copiava de tudo...de obras Sacras da parede da sala ao rosto do Tio Patinhas. Isso também me ajudava na escola, desenhando mapas e fazendo umas capas bem bacanas para os trabalhos de algumas disciplinas. 


Naturalmente, meus personagens favoritos iam se  definindo: Mestre do Kung Fu, Luke Cage, Punho de Ferro e Batman(sim, tinha maior acesso a materiais da Marvel Comics). Era igualmente apaixonado por artes marciais, e várias histórias que eu lia as tinham como plano de fundo. Eram 2 coelhos numa leitura só!

Vivi várias fases de leitura. Títulos migrando de editoras, novas editoras surgindo. Me afastei por um tempão, e já depois em minha fase adulta voltei a colecionar e ler HQs compulsivamente. Digo em casa que é um vício benéfico. Não extrapolo meus limites, mas não abro mão daquela HQ que faz falta em minha coleção. 


Hoje temos um mercado muito diversificado. Novos títulos chegam às bancas em quantidades antes nunca imaginadas. Temos encadernados de luxo, edições definitivas e boxes que me fazem querer um 3º ou 4º rim. O destaque ao mercado Nacional cresceu bastante e será ainda maior. Grandes artistas consagrados pelas lideres do mainstream (Marvel e DC Comics), são brasileiros. Outros, partem para o trabalho autoral. As plataformas de financiamento coletivo tem um catalogo promissor de HQs autorais, esperando apenas o seu apoio, pois talento, nossos artistas nacionais tem de sobra.

Pelo andar da carruagem, continuarei com minha leitura, aumentando a coleção. Pretendo passar esse legado à minha filha e espero que ela se divirta tanto quanto eu. 

 Essas duas HQs ao lado, tem um valor inestimável pra mim. A do Super-Homem # 42 (editora Abril), foi a primeira que comprei com meu dinheiro. Entrei na banca e a escolhi. A do Homem-Aranha #82 (editora Abril Jovem), foi presente de minha mãe enquanto eu me encontrava internado com uma complicação de saúde. Para ter ideia de quanto eu gosto desse presente, ela o comprou com o dinheiro de sua passagem de ônibus, numa época em que vivíamos no limite de nosso orçamento....sem condições para nada que não fosse o extremamente necessário. O mais legal ainda, é que sou filho adotivo, e minha mãe é minha tia biológica, tal qual a tia May.

As demais HQs que ilustram a postagem, são algumas que ainda restam em minha coleção...afinal, comecei quando criança e não tinha noções básicas para conservá-las adequadamente.


Ah...no inicio do post, disse que não lembro qual a primeira HQ que eu li, mas o primeiro livro, me recordo muito bem: "O Gato de Botas (Charles Perrault)". Hoje tenho uma edição bacana demais, ainda lacrada, que guardo para presentear minha filha tão logo ela aprenda a ler.

De tanto rabiscar quando criança - influenciado pelas HQs -  não consigo ficar sem desenhar. Mantenho um perfil no Instagram (@lapisdeesmeralda) e uma página no FB para divulgação dos desenhos que faço.

Consegui recentemente, concluir a leitura de Guerras Secretas, que eu iniciei em meados dos anos 80, no salão onde minha mãe cortava o cabelo. E preciso urgentemente de uma estante nova...


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